BuscaPé, líder em comparação de preços na América Latina

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009





Exemplares de pau-rosa (Aniba rosaeodora) na Reserva Florestal de Ducke em Manaus

O que ocorreu com a seringueira, no final do século XIX e início do XX, quando o seu látex era retirado das árvores nativas sem haver preocupação com o seu cultivo, também ocorre com o pau-rosa (Aniba rosaeodora Ducke), árvore típica da Amazônia, de cuja casca se extrai um óleo rico em linalol, fixador de perfumes cobiçado pelas indústrias de cosméticos do exterior, principalmente as francesas, como a Coco Chanel, fabricante do Chanel nº 5.

Existem três espécies de pau-rosa encontradas desde o sul do México até o princípio da Mata Atlântica, mas a espécie amazônica é a que apresenta a maior concentração de óleo, por isso é explorada incessantemente há décadas, estando ameaçada de extinção. Diferente da seringueira, que explorada racionalmente pode produzir látex por décadas, a árvore do pau-rosa precisa ser abatida para a extração do óleo da casca. O corte predatório é que está levando ao desaparecimento da planta. Como a procura pelo óleo é intensa (o preço atual no mercado internacional é de US$ 28 o litro), é grande a corrida em direção às poucas árvores nativas que ainda restam na floresta. Por isso mesmo, desde o ano 2000 o Ibama (Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) só permite a extração se houver a reposição da espécie.



Combustível - O pau-rosa é explorado intensivamente na região amazônica desde o início do século passado, mas foi nas décadas de 20 e 30, com o crescimento da indústria de perfumes, que a sua extração atingiu proporções predatórias. Naquela época, a região era tão rica da espécie que os caboclos utilizavam seu óleo como combustível para as suas lamparinas. Com o mercado em ascensão, a partir da década de 60 houve um novo crescimento na procura pelo linalol. Nesse período, eram comercializadas mais de 500 toneladas/ano de óleo. Pelo menos 50 destilarias processavam cerca de 50 mil toneladas anuais de madeira, tudo retirado de florestas nativas.

Na década seguinte, com o surgimento do linalol sintético e da entrada no mercado internacional do óleo essencial chinês da espécie Ho, a produção estabilizou em 100 toneladas/ano. Calcula-se que, nesses últimos 40 anos, aproximadamente 2 milhões de árvores foram abatidas e explorados irracionalmente mais de 10 milhões de hectares de florestas. O trabalho era feito por meio de usinas móveis, que exploravam toda a madeira numa determinada área até esgotá-la, e depois seguiam para outra, repetindo o processo. Nesse período da extração do pau-rosa, a atividade chegou a envolver diretamente cerca de 6 mil pessoas e ocupar o terceiro lugar na pauta de exportações do Estado do Amazonas.

Para extrair 180 litros de essência de pau-rosa, são necessárias de quinze a vinte toneladas de madeira, o que só se consegue com a derrubada de cerca de mil árvores.

Fonte Revista AgroAmazônia


Revista Revista Manchete em 05 de Julho de 1997
QUEREM INTERNACIONALIZAR A NOSSA AMAZÔNIA

Crescem em todo o mundo as pressões contra a soberania brasileira na Amazônia.
As Forças Armadas, conscientes do perigo, se preparam para resistir.

CARLOS CHAGAS

As tentativas começaram no início do século passado, jamais desapareceram e agora constituem risco iminente. As riquezas da região, mais do que as preocupações ecológicas, levam os países desenvolvidos a contestar a soberania brasileira sobre a Amazônia, sob o pretexto de que eles precisam cuidar das florestas e do ar que respiram, como declarou o presidente Bill Clinton, na semana passada, na véspera da abertura da sessão especial das Nações Unidas que debateu a questão ambiental.

O presidente Fernando Henrique abriu os trabalhos num discurso duro, onde criticou o desinteresse das nações ricas em cumprir os compromissos assumidos na Rio-92 e denunciou que o meio ambiente passou a ser utilizado como pretexto para práticas protecionistas que minam as bases do desenvolvimento sustentado e de um sistema econômico internacional aberto. "Ficou mais fácil cobrar e acusar do que fazer" - disse o presidente, acrescentando a necessidade de diminuição dos gases que provocam o aquecimento do planeta e são causados pelo CFC (clorofluorcarbono), gerados pelos aerossóis, escapamentos de veículos e a produção de parte das indústrias do Primeiro Mundo. Também surpreendeu a própria equipe econômico-financeira do governo ao anunciar a súbita retomada do Plano do Álcool, para diminuir a poluição.

Coincidência ou não, Bill Clinton, em entrevista à imprensa, exigiu a redução significativa de gás carbônico e centralizou suas críticas nos países que queimam parte de suas florestas. O presidente americano desmarcou encontro que tinha com FHC, preferindo viajar para a Califórnia para um encontro com prefeitos do interior daquele estado.

Certas organizações não-governamentais servem de instrumento para a cobiça internacional e sua estratégia, agora, é usar a mídia para convencer a todos, desde as crianças, que não temos capacidade para conservar a Amazônia, "que pertence à Humanidade". Assim, daqui a alguns anos, quando um organismo supranacional qualquer decretar a internacionalização, ninguém reagirá: estarão todos com a cabeça feita e acharão perfeitamente natural a ocupação, para a qual, aliás, já treinam batalhões especiais na Flórida e no Panamá, destinados a "guardar a floresta amazônica".

A fase operativa da conquista já começou, na palavra deles mesmos. Nossas Forças Armadas estão conscientes do perigo. Faz alguns anos que deslocam cada vez mais unidades para a região. Reconhecem, porém, que não resistiríamos a um ataque armado por mais de dez dias, se ele se fizesse sobre as principais cidades amazônicas. A solução, conforme um ministro militar, "seria nossos guerreiros se transformarem em guerrilheiros, porque entrar, eles entram, mas sair, ficará difícil..."

Em abril de 1817, o capitão da Marinha dos Estados Unidos, Mathew Fawry, famoso por seus trabalhos em oceanografia, enviou à Secretaria de Estado um estranho mapa da América do Sul, redesenhada por ele. O mapa ia em adendo a um memorando secreto que ele havia encaminhado em 1816, sob o título "Desmobilization of the Colony of Brazil". O comandante Fawry não era obrigado a conhecer detalhes de nossa política, porque naquele ano não éramos mais colônia de Portugal. Havíamos passado a Reino Unido a Portugal e Algarves, por ato de D. João VI, mas isso era de menor importância para os objetivos do brilhante oficial naval americano.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009



A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira - COIAB, é uma organização indígena, de direito privado, sem fins lucrativos, fundada, juridicamente, no dia 19 de abril de 1989, por iniciativa de lideranças de organizações indígenas existentes à época. A organização surgiu como resultado do processo de luta política dos povos indígenas pelo reconhecimento e exercício de seus direitos, num cenário de transformações sociais e políticas ocorridas no Brasil, pós-constituinte, favoráveis aos direitos indígenas.Saiba mais
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